ULTRA OPINIÃO

Tragédia GRECO mineira. A commodity do novo
Exportar o fracasso: Minas não deu certo, então vamos ao Rio?

O partido NOVO parece ter descoberto a mais nova commodity mineira: exportar gente que não conseguiu entregar o que prometeu em casa.
Vai tentar vender ao Rio de Janeiro uma promessa reciclada. O nome da vez é Rogério Greco, secretário de Segurança de Minas.
A ironia é que, enquanto Minas amarga delegacias caindo aos pedaços, policiais insatisfeitos e presídios em chamas, o secretário é apresentado como um “case de sucesso” por ter reduzido em quase 8% os crimes violentos — número que, convenhamos, é estatística de gabinete, e não realidade sentida nas ruas.
É a velha contabilidade da segurança pública: empilha planilhas, ajusta gráficos e vende como vitória aquilo que não muda a rotina de quem pega ônibus lotado às seis da manhã ou tem medo de atravessar a própria rua à noite. A realidade é outra: delegacias viraram ruínas, viaturas sucateadas, servidores insatisfeitos, sistema prisional em colapso. Minas não respira segurança — sobrevive a ela.
A pergunta é inevitável: que legado, afinal, ele deixa em Minas?
Diante desse cenário, soa quase cômico ver o secretário alçado a “salvador” do Rio. O movimento tem mais cara de fuga do que de projeto: em Minas, Greco não tem capital político algum, tampouco conseguiu traduzir sua gestão em resultados palpáveis. Então,
Melhor tentar a sorte na Cidade Maravilhosa, onde a violência é crônica e sempre há espaço para discursos de “salvador da pátria”.
Romeu Zema, por sua vez, coleciona derrotas na tentativa de construir herdeiros políticos. Seu vice não empolga, sua base está rachada e agora seu secretário de Segurança é jogado na vitrine como aposta de última hora. Parece piada: Zema não consegue firmar nem o próprio quintal, parece incapaz de consolidar um projeto que vá além do próprio umbigo. E já se arrisca a emprestar peças para tabuleiros alheios.
O NOVO fala em “estratégia”. Estratégia de quê? Exportar fracasso? Se o plano é fortalecer a legenda em 2026, talvez seja melhor começar garantindo que Minas não desmorone em segurança, saúde e educação. O partido, que se vendia como a “renovação da política”, hoje age como uma empresa de marketing ruim: tenta vender ao cliente um produto que nem funcionou na fase de teste.
No fim das contas, a candidatura de Greco no Rio não representa um salto de ousadia, mas sim uma confissão de impotência. Em Minas, não vingou. No Rio, vai posar de novidade. Talvez seja esse o retrato mais fiel do NOVO de Zema: um partido que não conseguiu ser solução em casa, mas que insiste em se fantasiar de alternativa em qualquer esquina onde ainda houver eleitor desavisado.
Exportar minério, café e queijo, Minas sempre soube. Agora, exportar fracasso como projeto político... essa é novidade.
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