A manhã desta sexta-feira foi marcada por uma cena inusitada na Cidade Administrativa de Minas Gerais. Servidores e visitantes que chegavam para trabalhar se depararam com um grupo de capivaras atravessando calmamente os gramados do complexo que abriga a sede do governo estadual.

Segundo relatos, eram pelo menos duas dezenas de animais circulando próximos às lagoas artificiais que fazem parte da estrutura projetada por Oscar Niemeyer. O trânsito improvisado das capivaras paralisou por alguns minutos o cotidiano burocrático, virando pauta de conversas e registros em vídeo.

Natureza dentro da política

A presença das capivaras não é novidade na região, mas o tamanho do grupo surpreendeu. Os animais parecem ter encontrado na Cidade Administrativa um habitat perfeito: água, grama farta e pouco movimento humano nos fins de semana.

Biólogos lembram que, apesar de simpáticas, as capivaras são hospedeiras do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. Por isso, especialistas defendem que o governo adote planos de manejo e controle populacional para garantir a convivência segura entre homens e animais.

Entre o deslumbre e o risco

Enquanto uns servidores filmavam encantados, outros mostraram preocupação com a proximidade das capivaras, especialmente pela possibilidade de contato direto com trabalhadores e visitantes. “É bonito de ver, mas preocupa pela saúde pública”, comentou um funcionário que presenciou a cena.

Símbolo inesperado

Curiosamente, a cena também foi lida por alguns como um símbolo involuntário: capivaras atravessando os corredores do poder em plena crise política e administrativa do estado. Para muitos, mais do que um episódio curioso, a invasão revela como a natureza insiste em ocupar espaços que a gestão pública ainda não soube o

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